O comunicado final da cúpula dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) joga para o Rio+20, a grande reunião sobre ambiente no Rio de Janeiro, a definição exata do que é "economia verde".
Mas já adianta que o conceito "deve ser entendido numa moldura mais ampla de desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza".
Traduzindo: proteger o ambiente não pode, na visão dos BRICS, impedir o desenvolvimento, condição indispensável para erradicação da pobreza.
O documento reserva para as "autoridades nacionais" a "flexibilidade e o espaço político para fazer suas próprias escolhas a partir de um amplo menu de opções e para definir seus caminhos rumo ao desenvolvimento sustentável com base no estágio de desenvolvimento do país, as estratégias nacionais, as circunstâncias e as prioridades".
Os BRICS, por fim, rejeitam "a introdução de barreiras de qualquer forma ao comércio e ao investimento com base no desenvolvimento da economia verde".
Tradução: países ricos não podem vetar, por exemplo, a venda de madeira brasileira, a pretexto de que sua obtenção destrói a floresta.
Tudo somado fica a impressão de que a Rio+20 bem como qualquer outra conferência internacional sobre o ambiente está condicionada, ao menos na visão dos BRICS, à aceitação de que não há predominância do respeito ao meio-ambiente sobre o desenvolvimento.
Levando em conta a condição proposta pelas maiores economias,pelos países mais industrializados e as aspirações das nações emergentes podemos sem sombra de duvida alguma que o futuro da sociedade humana será dramático nestes século.
O maior paradoxo que as nações são regidas por modelos e concepções de progresso do estado e da vida de seus cidadãos propostos e moldados pela escola keynesiana e no consumo de massa de uma época que não se tinha noção do impacto da atividade industrial no meio ambiente.
Há inúmeros problemas ambientais não sendo administrados dentro do BRICS assim com há problemas insolúveis dentro do G7 e dos países emergentes.
Ainda não caiu a ficha aos nossos governantes que ao agir segundo os interesses de seu grupo de poder e dentro da lógica de desenvolvimento e progresso no consumo de massa.Nós deixaremos para as próximas gerações um planeta devastado ambientalmente pela total irresponsabilidade e miopia de futuro dos governantes deste período de tempo.
The final communiqué of the Summit of the BRICS (Brazil, Russia, India, China and South Africa) plays for Rio + 20, the great meeting on the environment in Rio de Janeiro, the exact definition of what is "green economy".
But it added that the concept "should be understood as a broader frame of sustainable development and the eradication of poverty".
Translating: protect the environment cannot, in view of the BRICS, prevent the development, a prerequisite for poverty eradication.
The document holds for the "national authorities" to "flexibility and political space to make their own choices from a wide menu of options and to set their paths towards sustainable development based on the stage of development of the country, national strategies, priorities and circumstances".
The BRICS, finally, rejecting "the introduction of barriers of any form to trade and investment on the basis of the development of green economy."
Translation: rich countries cannot veto, for example, the sale of Brazilian wood, on the pretext that its obtaining destroys the forest.
All in all it is the impression that the Rio + 20 as well as any other International Conference on the environment is dependent, at least in the view of the BRICS, accepting that there is predominance of respecting the environment on development.
Taking into account the condition proposed by major economies, by the leading industrialized countries and emerging Nations aspirations we can without doubt shadow that the future of human society will be dramatic in this century.
The biggest paradox that Nations are governed by models and concepts of State and progress of the life of its citizens proposed and shaped by Keynesian and mass consumption of an era that had no notion of impact of industrial activity on the environment.
There are numerous environmental problems not being administered within the BRICS with insoluble problems within the G7 and emerging countries.
The penny dropped yet to our rulers who by acting according to the interests of its group of power and within the logic of development and progress in mass consumption. We’ll leave to future generations a planet ravaged by environmentally irresponsible and short-sightedness of the future-total of the rulers of this period of time.
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