Há uma cultura equivocada da eficiência que relaciona um modo de vida do tipo workaholic como sinal de produtividade. Esta cultura da colonização da vida pessoal pelo trabalho está crescendo e produzindo mais doenças relacionadas ao estresse profissional do que efetiva produtividade. A vida tumultuada da modernidade está interferindo na saúde da população, especialmente porque as pessoas não conseguem dedicar tempo para preparar uma alimentação saudável.
O consumo tem se tornado um campo de luta política, de ações afirmativas e, portanto, um campo de possíveis contestações e dissidências em relação às políticas da indústria do alimento e das mídias que trabalham para vender esses produtos.
O ponto de partida do slow é a valorização do alimento como cultura e a defesa dos saberes, modos de vida, formas de produzir e estilos de consumir relacionados a uma comida saudável, limpa e justa. O movimento, assim conhecido, slow conjuga alimentação e gosto, mudança social e bem viver. A afirmação de identidades alimentares contra a padronização ganha materialidade. Trata-se de promover redes de agricultores, criadores, pescadores e produtores artesanais ao redor do mundo em torno de cadeias produtivas alimentares boas, justas e limpas. Slow atitude, ou “atitude sem pressa”, é parte deste estilo de viver, produzir e consumir que valoriza a biodiversidade e a sociodiversidade, bem como um ideal de bem viver que considera o direito ao tempo e aos prazeres de uma vida simples, recusando-se a ideologia que associa aceleração, eficiência e consumo ilimitado como ideal de uma vida bem sucedida.
Ao denunciar os dispositivos de seqüestro do tempo e do empobrecimento da experiência humana, o movimento slow critica um dos motores da sociedade da produção e consumo acelerados que eu chamaria de ansiedade improdutiva. Uma espécie de combustível desta sociedade, este sintoma psicossocial é a contrapartida psíquica da urgência e do clima persecutório que nos envolvem produzindo uma patologia social que tem feito das fobias e depressões um traço quase epidêmico dos tempos que vivemos. No contraponto, o movimento Slow defende ambientes de trabalho e de convivência menos coercitivos e, portanto, mais produtivos e criativos, bem como uma atitude reflexiva e serena face às nossas expectativas de aquisição e consumo.
O slowfood entrou em estreita sinergia com lutas altermundistas pelo comércio justo bem como com lutas socioambientais por modos de produção, produtos, produtores e consumidores ecológicos. Além disto, promete uma interessante fusão da dimensão prazerosa e sofisticada da ecogastronomia com os ideais de solidariedade e de convívio preconizados pelos defensores de uma vida simples ou “simplicidade voluntária”, como caminho para uma existência ecologicamente orientada.
There is a mistaken culture of efficiency that relates a way of life of workaholic as sign of productivity. This culture of colonization of personal life through labor is growing and producing more professional stress related diseases than effective productivity. The tumultuous life of modernity is interfering in the health of the population, especially because people cannot devote time to prepare healthy food.
The consumption has become a field of political struggle, of affirmative action and, therefore, a field of possible disputes and dissent on policies in respect of the food industry and the media working to sell these products.
The starting point of slow is the appreciation of food as culture and the protection of knowledge, ways of life, ways of producing and consuming styles related to a healthy food, clean and fair. The movement, as well known, slow combines nutrition and taste, social change and good living. It’s the identity statement against food standardization gain materiality. This is to promote networks of farmers, breeders, fishermen and artisan producers around the world around productive chains food good, fair and clean. Slow gait, or "attitude without haste", is part of this style of living, producing and consuming that values biodiversity and sociodiversity, as well as an ideal of good living that considers the right time and the pleasures of a simple life, refusing the ideology which associates acceleration, efficiency and consumption limit as ideal for a successful life.
To denounce the kidnapping of time and impoverishment of human experience, the slow movement criticizes one of the engines of society of accelerated production and consumption that I would call anxiety unproductive. A kind of fuel in this society, this symptom is the counterpart of psychosocial mental climate of urgency and that stalking us involve producing a social pathology that has done of phobias and depressions a stroke nearly epidemic of the times we live in. In counterpoint, the slow movement defends desktops and conviviality less coercive and therefore more productive and creative, as well as a reflective attitude and serene meet our expectations of acquisition and consumption.
The slow food entered in close synergy with international fight by fair trade as well as with social struggles by modes of production, products, ecological producers and consumers. In addition, promises an interesting fusion of sophisticated and enjoyable dimension of ecogastronomy with the ideals of solidarity and conviviality recommended by proponents of a simple life or "voluntary simplicity", as a path to a life of ecologically oriented.
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