quarta-feira, 18 de abril de 2012

Vender ou não vender.Eis o problema? (To sell or not to sell. Here’s the problem?)



Estudo que acaba de ser liberado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) mostra o Brasil não tão dependente das exportações de commodities como outros países. Os economistas do Fundo chegaram a essa conclusão calculando a relação entre as exportações líquidas de commodities e o total exportado. Por esse critério, as commodities representam 29% das exportações totais brasileiras, percentual inferior aos 51,2% do Chile, 37,3% da Argentina, 56,1% da Colômbia e 55,5% da Rússia.

Critérios usados no Brasil mostram um quadro diferente. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a participação dos produtos básicos nas exportações brasileiras cresceu de 29,3% em 2005 para 47,8% no ano passado; no mesmo período, o peso dos manufaturados diminuiu de 55,1% para 36%.

Esses números estão no centro do debate econômico, que vem predominando nos últimos tempos, sobre a perda de gás da indústria de transformação e que passa pela excessiva dependência dos produtos básicos e pela necessidade de se aumentar a competitividade do setor industrial, com a redução de tributos e do custo do crédito, e com a melhoria da infraestrutura e da formação da mão de obra.


Nos últimos anos o problema foi pouco discutido porque as commodities traçaram um movimento de alta praticamente contínua, na esteira do crescimento acelerado da China.
Em volume transacionado, porém, o desempenho do Brasil não foi tão brilhante porque preços inflados não influenciam a análise: as exportações cresceram apenas 2,9%, menos que os 5% da média mundial e os 5,4% dos países emergentes.



A crise na Europa esfria o comércio internacional e segura os preços das commodities, especialmente dos minérios. A OMC prevê que o comércio internacional crescerá 3,7% em volume neste ano, abaixo dos 5% de 2011, o pior resultado em sete décadas, excluindo-se 2009, quando encolheu 12%. As vendas externas do Brasil para o mercado europeu já sentem o golpe e tiveram queda de 0,3% nos três primeiros meses do ano.


Mas a recomendação contida no estudo do FMI vale também para o Brasil, especialmente considerando-se o futuro ainda distante quando o petróleo do pré-sal se tornar um produto importante da pauta de exportações. A proposta do estudo é que os exportadores de commodities aproveitem os períodos de preços elevados para se preparar para os tempos de vacas magras.




Study that has just been released by the International Monetary Fund (IMF) shows the Brazil not so dependent on exports of commodities like other countries. The Fund's economists came to this conclusion by calculating the ratio of net exports of commodities and the total exported. By this criterion, the commodities they represent 29% of the total Brazilian exports, lower rate to 51.2% from 37.3% of Chile, Argentina, Colombia and 56.1% of 55.5% of Russia.



Criteria used in Brazil show a different picture. According to the Institute of Applied Economic Research (IPEA), the contribution of the commodities in Brazilian exports grew from 29.3% in 2005 to 47.8% last year; in the same period, the share of manufactured goods decreased from 55.1% to 36%.

These numbers are at the heart of the economic debate, which comes predominately in recent times about the loss of the gas processing industry and passing through excessive reliance of commodities and the need to increase the competitiveness of the industrial sector, with the reduction of taxes and the cost of credit, and with the improvement of infrastructure and training of manpower.

In recent years the problem was little discussed because the commodities have sketched out a high continuous movement virtually, in the wake of China's rapid growth. On transacted volume, however, Brazil's performance was not so brilliant because inflated prices do not influence the analysis: exports grew only 2.9%, less than 5% of the world average, and 5.4% from emerging countries.

The crisis in Europe cools the safe international trade and commodity prices, especially of ores. The WTO provides that international trade will grow 3.7% by volume this year, down from 5% in 2011, the worst result in seven decades, excluding 2009, when shrank 12 percent. Brazil's external sales to the European market already feel the coup and had 0.3% drop in the first three months of the year.

But the recommendation contained in the study of the IMF worth also for Brazil, especially considering the future still far when the pre-salt oil become an important product of export tariff. The study's proposal is that the commodity exporters to take advantage of periods of high prices to prepare for lean times.

(Fonte: CaféPoint)


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